Editorial Freddy Estoque, Terça-Feira, 23 De Janeiro.
Um irreverente… nem para a direita Nem para a esquerda, diz-Nicanor Parra, o único ateu “graças a Deus”. E neste irônico e profundo definição, é armazenada a grandeza que chora o mundo inteiro através da publicação de sua morte, aos 103 anos, a partida de um transgressor, um dissidente, um avanço, um gênio e um inovador da poesia latino-americana do século xx. Este último título da intelectualidade, a nobreza, o renovador da poesia da américa latina, é o que dá hoje o jornal O País de Espanha. “Quando este (a poesia de língua espanhola), diz que O País foi dominado pelo magistério esmagadora de Pablo Neruda, atreveu-se a propor um projeto que foi exatamente o inverso da canon nerudiano. O mesmo Parra articulado muito bem quando disse: “Os poetas desceu do Olimpo”. Na frente da imagem do poeta como um ser superior, que está expresso em um tom sério e elevado, Parra instalado a figura do antipoeta, um indivíduo comum e corrente, o que fala a língua de todos os dias. E em frente da ordem estabelecida, a solenidade e seriedade, replica com o desacralization, a irreverência e o humor, através de uma anti-poesia”.
A partir daqui e com as bandeiras do rock a meio-mastro, uma saudação ao legado de don Nicanor Parra, um poeta que inventou uma língua, que inaugurou o som e a descoberta de novas belezas. Da rotina, da calçada… do óbvio e irreverente…